FESTIVAL DE CINEMA DE GRAM,ADO
Para quem costumava sonhar com o cinema, receber um prêmio no Festival de Cinema de Gramado é motivo para muita comemoração. Lázaro Ramos ressaltou como enxergava o cinema, aos 13 anos, quando saía da escola e se enfiava numa sala chamada Arte 1, que ficava próximo de sua casa, em Salvador, o ator confidenciou que comprava um único ingresso e assistia todos os filmes possíveis, muitas das obras que assistiu, ajudaram nas mudanças que fez em sua vida. Falou da emoção que muitos guardam como espectadores de sua arte. Lázaro festejou a homenagem que recebeu o troféu Oscarito, das mãos do presidente da Gramadotur Edson Néspolo, na noite de terça-feira(19), o ator estava acompanhado pelo Pai, que mostrava-se orgulhoso com a trajetória de sucesso do filho.
Fotos: AndreGomes/GramadoEnfocoLembrando do menino de 13 anos que considerava o cinema um universo inatingível, Lázaro também dedicou o Oscarito à Ruth de Souza, uma das artistas negras pioneiras do cinema e da TV, que morreu no mês passado. Em seu discurso disse “Foi uma mãe para mim e toda inspiração que trouxe para esse menino preto que não sabia que podia sonhar e que agora sonha e espera poder fazer com que mais gente sonhar” rendendo homenagem, para a atriz, emocionado.
Sobre a família Lázaro,, ressalta que conviviam com arte popular, dança, música, mas todos como movimento paralelo da vida. Ninguém havia desejado ser profissional. “Quando eu decidir ser ator, eu não fui muito incentivado, não era nem por preconceito da profissão, era por medo da instabilidade. Quando eu estudava teatro no colégio, meu pai me dava só o dinheiro do lanche, para eu não ter o dinheiro do almoço e desistir da aula que tinha à tarde, para eu desistir do teatro, mas eu ia, fazia aquele dinheiro render, tenho uma história linda.”