Sonia Braga, transcendente, livremente feliz, solta e leve, como a brisa, assim posso começar a falar do comenta de alegria que tomou posse da Rua Coberta e do Tapete Vermelho, em Gramado, agitando o coração, que paralisava os olhos de quem se acotovelava para deixar passar a TOP mais Top das atrizes do Brasil, sob aplausos lá vem ela, com sua entrada triunfal. Sônia Braga posou para fotógrafos e acenou para seu apaixonado público, antes de receber o troféu Oscarito pelo conjunto da carreira. Cruzou o Tape Vermelho e foi recebida por uma comitiva, quase na entrada do Palácio dos Festivais, onde à frente estava o Prefeito Nestor Tissot.
Após uma retrospectiva de seus principais filmes, a atriz recebeu o prêmio das mãos de Bruno Barreto, diretor de Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976).
Na apresentação de Aquarius, Kleber Mendonça Filho evitou menções diretas ao governo ou às polêmicas que têm cercado o filme, como o possível boicote na seleção para o Oscar e a classificação indicativa elevada, considerada censura pela equipe. O diretor preferiu elogiar Sônia Braga e sugerir, educadamente, que seu projeto sustenta os ideais “de democracia e cidadania”.
Aquarius recebeu aplausos calorosos, a obra poderosa representa com clareza o olhar progressista do cineasta, defendendo o valor da memória contra os valores de uma sociedade governada pelo capital. O retrato da sexualidade feminina após os 60 anos também é digno de nota. Sônia Braga, confirmou novamente que é uma estrela maravilhosa, simples e apaixonada pela vida, e confirmando o que já se leia na imprensa, está exuberante no papel de Clara.
Durante algumas vezes se pode ouvir vaias ao presidente em exercício Michel Temer.