Rubens Ewald Filho comenta ausência de Zé Wilker em Gramado

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Em contagem regressiva para a abertura do 42º Festival de Cinema de Gramado, o curador Rubens Ewald Filho relembra os momentos com o seu ex-colega de trabalho José Wilker, falecido no fim do ano e que será homenageado com o filme de abertura do evento.

— Não tem sido fácil conviver com a perda de um amigo e antigo conhecedor de Gramado, que, além de curador, foi apresentador do evento durante muitos anos. Essa grande pessoa era também um dos atores mais amados do Brasil. Sua vida foi e continua a ser uma lição que nunca vamos deixar de absorver — comenta.

Amigos de longa data, Rubens e Wilker viajaram para festivais mundiais e trabalharam juntos em diversas ocasiões.

— Ele era uma pessoa tão múltipla que, às vezes, era preciso a distância para melhor apreciar as lições de vida que nos trazia — comenta Rubens.

Para ele, Wilker vivia sempre com urgência, envolvido simultaneamente em uma novela para que foi chamado, uma peça que estava traduzindo, outra que começou a dirigir, um filme que estava concluindo e um outro projeto que faria com seu melhor amigo cineasta Cacá Diegues.

A carreira movimentada, no entanto, não impedia Wilker de arranjar tempo para seus amigos, conforme lembra Rubens:

— Por incrível que pareça, ele ainda tinha tempo para ver todos os filmes, importar lançamentos, namorar, jantar com os amigos, ter sempre um sorriso nos lábios e uma piada pronta. Ah, e sempre cuidando das filhas, das ex-mulheres, dos amigos… Uma vida que foi vivida com grande generosidade e cuja generosidade agora também se reflete na presença portenha de nossa nova colega Eva Piwowarski — aponta.

Isolados“, último filme de José Wilker e roteirizado por sua filha Mariana Vielmond, abre hoje a 42ª edição do Festival de Cinema de Gramado, às 19h.

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