Rafaela Silva faz campanha de empoderamento

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Gabriele LombaOuro na peso-leve, Rafaela sentou-se ao lado da americana Kristin Armstrong, ouro no ciclismo contra-relógio e da canadense Jennifer Kish, bronze no rugby. O patrocinador delas encomendou uma pesquisa sobre mulheres no esporte. Sete em cada dez meninas foram levadas a acreditar que o esporte não é o lugar ideal para elas. Aos 17 anos, 53% das adolescentes abandonam o esporte. São desencorajadas. Assim como Rafaela.

 Já pensei em desistir sim, porque os meninos diziam “Você não pode jogar comigo porque você é menina, não pode jogar bola”, e as meninas falavam “Eu quero ir para as festas, botar vestido, não quero ter um corpo de homem igual ao seu”. Então eu não sabia o que fazer, mas estava feliz por estar praticando um esporte, por incentivo dos meus pais. Queria desistir, porque eu estava feliz, mas meus amigos não estavam. Eu saí de uma comunidade onde as  meninas engravidavam cedo e os meninos seguiam o caminho do tráfico, e não era isso que meus pais queriam para a minha família. Então continuei no caminho do esporte.

Presidente do COI, Thomas Bach estava ao lado de Rafaela no evento da campanha “Like a Girl” (em português, “Tipo Menina”), da P&G. Aplaudiu e disse que a Rio 2016 tem recorde olímpico feminino. Dos quase 11 mil atletas, 46% são mulheres. Bach, simpático diante das medalhistas, lembrou que sua maior inspiração foi a americana Wilma Rudolph, conhecida como “Gazela Negra”, ouro nos 100m de Roma 1960.

– Ela me inspirou por duas razões: pela beleza de seus passos – diziam que andava como uma gazela. E pela história dela. Quando criança, teve poliomielite. Mal podia andar, mas queria ser atleta. Os médicos disseram ao pais dela que não seria possível. Mas ela foi atrás e se tornou a mulher mais rápida do mundo.

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