GRAMADOZOO REGISTRA NASCIMENTOS DE TRÊS ESPÉCIES DIFERENTES

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O Gramadozoo registrou nascimentos de três espécies diferentes: guará-rubra, ema e gato-do-mato-pequeno. Enquanto as aves nasceram por incubação artificial, o felino nasceu de forma natural, mas foi rejeitado pela mãe. Todos os filhotes estão aos cuidados da equipe técnica no hospital veterinário do zoo.

 

Com a incubação artificial, o objetivo é destinar espécies ameaçadas para empreendimentos de conservação de fauna. “É um plano de manejo para reprodução e conservação de aves ameaçadas de extinção”, explica o veterinário Jorge Lima, responsável técnico do Gramadozoo.

 

 

Após 24 dias de incubação, o filhote de guará-rubra nasceu com 29 gramas na última quinta-feira, dia 7. Com cinco dias de vida, está com 50 gramas. “Foi nosso primeiro filhote da espécie nascido por meio de incubação artificial. Tivemos seis filhotes que nasceram de forma natural em 2023. O objetivo é dobrar o número de nascimentos com a incubação artificial. Temos oito ovos na chocadeira com umidade e temperatura controladas”, explica Lima.

 

 

Conforme o veterinário, os ovos ficam na chocadeira e, após a eclosão, os filhotes são colocados em uma Unidade de Tratamento Animal (UTA). Além de aquecimento, os recém-nascidos precisam de alimentação especial a cada quatro horas. Outra espécie de ave que teve reprodução por incubação artificial foi a ema. Com 427 gramas, o primeiro filhote da temporada nasceu nesta segunda-feira, dia 11. “É o segundo ano que registramos nascimentos de emas na incubadora. Temos ainda oito ovos na chocadeira. São os machos que chocam os ovos e, como temos diversos machos no recinto, eles acabam quebrando os ovos durante a disputa para chocar. Optamos por levar ao hospital para garantir mais nascimentos”, conta o especialista.

 

 

Já o gato-do-mato-pequeno, nasceu em 20 de outubro. Os técnicos perceberam que a mãe não estava esboçando comportamentos esperados, como limpeza do filhote e a sua proteção, e transferiram o recém-nascido para o hospital. “Como a mãe nunca teve filhote, pode ser que não tenha desenvolvido os instintos de maternidade. Ele está com 23 dias e evoluindo bem, mas necessita de atenção especial”, frisa.

 

 

O Gramadozoo também recebeu recentemente nove papagaios-charão. Os animais foram transferidos da Quinta da Estância, em Viamão, e destinados ao zoo pelo Ibama. De acordo com o veterinário, o objetivo é a reprodução para futura reintrodução da espécie, que é endêmica da região Sul do Brasil e está ameaçada de extinção. “O papagaio-charão tem as penas nas cores da bandeira do Rio Grande do Sul e é a ave-símbolo de Gramado. É uma espécie que possui um papel importante na conservação das matas de araucária por ser dispersora do pinhão. Com a proposta de reprodução, os primeiros ovos serão incubados artificialmente. Na segunda postura, vamos tentar de forma natural para soltar os filhotes na natureza e tentar a reintrodução”, prevê o técnico.

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