DIVULGADA PESQUISA QUE MAPEIA A IMUNIDADE DOS BRASILEIROS A COVID-19

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A Pesquisa nacional da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para rastrear a imunidade dos brasileiros ao novo coronavírus indica que a proporção de pessoas com anticorpos é de 1,4% em 90 cidades analisadas. A taxa pode variar de 1,3% a 1,6% pela margem de erro. Foram testados 25.025 moradores de 90 municípios, incluindo 21 capitais.

A população desses municípios corresponde a 25,6% do total de brasileiros, entre as quais 760 mil (margem de erro de 705 mil a 867 mil) estariam infectadas. O número é sete vezes maior do que o das estatísticas oficiais nessas localidades. “Os casos confirmados, que aparecem nas estatísticas oficiais, representam apenas a ponta visível de um iceberg cuja maior parte está submersa. Para conhecer a magnitude real do coronavírus, é obrigatória a realização de pesquisas populacionais”, dizem os pesquisadores do grupo.

O estudo teve financiamento do Ministério da Saúde e a coleta de dados foi de responsabilidade do Ibope Inteligência. Há ainda grandes diferenças entre os municípios. Em Breves (no Pará, um dos Estados mais atingidos pela pandemia), a taxa obtida foi de 24,8% enquanto no Rio, o indicador ficou em 2,2%. Na cidade de São Paulo, é de 3,1%.

Estudo semelhante já foi feito na capital paulista e identificou índice de imunização de 5,2%. Esse trabalho tem sido desenvolvido por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com apoio do Instituto Semeia e participação de profissionais do Laboratório Fleury e Ibope Inteligência. Cientistas calculam que o índice de infectados deve ser de ao menos 60% para a imunidade de rebanho na população, o que reduz o avanço do surto.

A primeira rodada de testes em humanos de uma possível vacina contra a covid-19 mostrou resultados preliminares animadores: o imunizante foi capaz de gerar resposta imune entre os voluntários e considerada segura e bem tolerada, segundo um estudo publicado nesta sexta-feira, 22, na renomada revista científica The Lancet.

CIENTISTA EXAMINA CÉLULAS INFECTADAS POR CORONAVÍRUS

O próprio artigo ressalta, porém, que novos estudos são necessários para confirmar se essa resposta imune observada no organismo dos voluntários é, de fato, capaz de proteger contra uma infecção por covid-19.

O estudo, conduzido por cientistas chineses do Instituto de Biotecnologia de Pequim, contou com a participação de 108 voluntários saudáveis que foram acompanhados por 28 dias na fase 1 da pesquisa. Eles serão monitorados ainda por seis meses, quando os resultados finais deverão ser divulgados.

A vacina em testes utiliza a forma atenuada de um vírus causador de resfriado (adenovírus) como meio de levar para dentro das células o material genético que codifica uma proteína do coronavírus responsável por sua replicação. Quando nosso sistema imunológico reconhece essa proteína como parte de um elemento invasor, começa a produzir anticorpos contra o coronavírus.

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