Dilma prestará depoimento nesta segunda ao Senado e senadores definem estratégia

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O depoimento de Dilma é esperado como um dos principais atos julgamento do impeachment. Esta será a primeira vez que ela irá ao Congresso desde que foi afastada da Presidência da República, em maio.

A sessão está prevista para começar às 9h, após o pronunciamento, Dilma receberá perguntas formuladas pela acusação, pela defesa e por senadores e poderá responder se quiser. Assessores e aliados dizem que a disposição dela é responder, entretanto defendem um  tom mais “duro” no discurso de Dilma, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), avaliou que a presidente afastada precisa resistir e não cair em possíveis “provocações” de parlamentares favoráveis ao impeachment. Ele disse também acreditar que Dilma não deve “elevar o tom”, fazer acusações contra senadores, apontar eventuais envolvimento deles em casos de corrupção ou chamá-los de “golpistas”.

O ex-ministro de Dilma, o senador Armando Monteiro Neto (PTB-AL), por sua vez, defendeu que a petista faça uma fala “firme” durante a sessão, “como é a característica” da presidente afastada.

Estrategia é discutida por senadores 

Senadores da base governista se reuniram na manhã deste domingo (28),  para definir  estratégia a ser adotada durante a participação nesta segunda-feira (29),  da presidente afastada Dilma Rousseff,  no julgamento do processo de impeachment no Senado.

Dilma terá 30 minutos para fazer  pronunciamento em defesa própria, tempo que poderá ser estendido a critério do presidente da sessão, o ministro Ricardo Lewandowki, do Supremo Tribunal Federal (STF).  Depois do discurso, a presidente afastada receberá perguntas dos senadores, às quais poderá responder ou não.  Ao chegar para o encontro neste domingo, no gabinete da liderança do PSDB no Senado, o senador Aécio Neves (PDSB-MG), presidente nacional do partido, disse que os questionamentos à presidente afastada serão respeitosos, mas que, se ela subir o tom nas respostas, os senadores favoráveis ao impeachment farão o mesmo.  “O interesse em radicalizar e polemizar é da própria presidente da República. Obviamente, se ela, na nossa avaliação, errar no tom, as nossas respostas serão no mesmo tom. Estamos preparados para fazer os questionamentos com o absoluto respeito à presidente afastada”, afirmou o tucano.

dilma-aecio1Aécio disse ainda que o momento não é de “festa” e que se trata de um processo que deixa “traumas” tanto no Congresso quanto na sociedade, mas que está confiante de que será uma “sessão histórica”. “Obviamente, ela dará o tom. Esperamos que seja um tom à altura desse momento difícil por que passar o Brasil. Não é um momento de festa, nem para aqueles que apoiam o impeachment. Sabemos que um processo como esse deixa traumas, não apenas no Congresso, mas na própria sociedade”, disse. E acrescentou: “Mas estou confiante de que teremos uma sessão histórica a altura desse momento e à altura do que os brasileiros esperam tanto dos seus representantes quanto da presidente afastada”.

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