O grande palco de conteúdo do Meeting na 36ª edição do Festuris – Feira Internacional de Turismo, proporcionou uma imersão em assuntos relevantes para os profissionais do turismo que estiveram em Gramado neste final de semana. E um dos nomes que atraiu bastante público foi Denilson Oliveira, que participou de um bate-papo com o CEO do Festuris, Eduardo Zorzanello, e com o CEO do Gramado Summit, Marcus Rossi.
Carismático e com bastante humildade, Denilson falou destacadamente da família, de valores morais, reinvenção e gratidão. “Não importa o que a gente faz, temos que fazer sempre o melhor. Alguém sempre está vendo, eu fui parar na seleção assim. Quem trabalha com turismo, trabalha diariamente com o sonho das pessoas. Um pequeno detalhe pode destruir o sonho de uma família que trabalhou o ano inteiro para fazer uma viagem no Natal. E quando a gente fala em entregar o melhor, são muitos os detalhes que precisam ser levados em conta”, disse.
Na conversa, Denilson também contou sobre a sua trajetória no esporte, até chegar a comunicador e comentarista esportivo de sucesso. Natural de Diadema (SP), contou que veio de um lugar onde as oportunidades eram escassas. Quando tinha 12, foi para São Paulo para jogar futebol.
“Me viram jogando bola e me chamaram lá no São Paulo. A gente vê na TV os jogadores famosos, os que deram certo, mas mais de 85% não consegue chegar. É muito difícil. Eu era um menino que jogava bola se divertindo e com 16 anos tive uma chance no futebol profissional, com 18 para 19 anos fui convocado para a seleção brasileira e com 20 anos fui convocado para a Copa do Mundo de 1998”, relata.
Ele conta que logo que começou a jogar profissionalmente, pegava todo o dinheiro do “bicho”, premiação que é paga aos atletas pelas vitórias, e entregava tudo para os pais. Seu sonho era conseguir terminar de construir a casa dos pais em Diadema. “A gente celebrou muito quando conseguimos terminar a casinha deles”, relembra.
Na Copa de 98, o Brasil foi vice-campeão do mundo. Na Copa do Mundo de 2002, Denilson novamente estava convocado para vestir a amarelinha e desta vez o Brasil alcançou o lugar mais alto do pódio sagrando-se pentacampeão mundial com atuações destacadas de Denilson, que incendiava os jogos toda vez que entrava em campo.
REINVENÇÃO – Dos gramados, se aposentou cedo, precisou parar de jogar em 2010, aos 30 anos, foi quando precisou se reinventar profundamente. Com dúvidas do que fazer da vida, acabou sendo convidado para comentar a Copa do Mundo de 2010 com a equipe esportiva da Band. Humilde e pensando em fazer um trabalho, buscou qualificação para se comunicar em programas esportivos. E a partir dali nunca mais parou e se tornou um case de sucesso na comunicação, especialmente pela participação no programa Jogo Aberto apresentado por Renata Fan.
Após a participação no Meeting, Denilsou foi até a Vila Olímpica, na Várzea Grande, onde foi realizado o Futebol do Festuris. Ali conversou com os atletas, tirou fotos e deu o pontapé inicial do jogo. O secretário de Esportes de Gramado, Lucas Roldo, presenteou o ex-jogador com uma camisa do Gramadense.