Carla Camurati é diretora, produtora e roteirista e foi homenageada com o Troféu Eduardo Abelin neste sábado(17), que recebeu das mãos do curador Marcos Santuário, sob forte emoção. Sua trajetória profissional e se confunde com a renovação do audiovisual brasileiro. Em 1995 o seu primeiro longa, Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, se tornou um marco da retomada do cinema brasileiro. Em sua trajetória constam prêmios como melhor atriz nos filmes O Olho Mágico do Amor (1981), Estrela Nua (Prêmio Especial do Júri de Gramado em 1985), Cidade Oculta, Eternamente Pagu (Melhor Atriz em 1987) e Lamarca. Em 2018 começou a produção do documentário História de um Tempo Presente, que retoma a partir de imagens de arquivo o período de redemocratização do Brasil, de 1984 até os dias de hoje.
Carla Camurati conta que se desdobrou em funções à frente da telona com naturalidade. “Fiz tudo sem sofrimento, só com alegria. Estava com o coração galopando, desde o tapete vermelho, na entrada do Palácio dos Festivais. Entrei nesta sala, pela primeira vez participando de um filme, com O olho mágico do amor e, sem esperar, levei uma menção honrosa. Quero a agradecer ao Rio Grande do Sul, que cuida do Festival e o deixa tão vigoroso, devotando tanto amor ao cinema brasileiro. Quero dedicar este prêmio a todas as mulheres que fazem cinema no Brasil: que a gente possa ter muito orgulho e que estejamos prontas para este século, que se afirma no audiovisual; já que o cinema está no seu melhor momento”, ressaltou a homenageada.