Quando o novo departamento de futebol do Inter foi estruturado, ficou definido que existiam posições nas quais faltavam peças, como a lateral direita e a zaga. A direção trouxe Ceará e o volante Eduardo Henrique, além de repatriar o defensor Eduardo, que estava emprestado ao Náutico. O ataque nunca esteve nesse contexto, até pelas alternativas em abundância. Ocorre que, em campo, não se traduz em produtividade. Tanto que, nesta quarta-feira, completa um mês desde o último gol anotado por um dos homens de frente da equipe.
Conforme o site oficial do clube, Celso Roth dispõe de oito peças para o setor: Ariel, Aylon, Brenner, Bruno Baio, Eduardo Sasha, Mike, Nico López e Vitinho. Porém, não conseguem balançar as redes desde o dia 24 de julho. Ainda sob a batuta de Paulo Roberto Falcão – então em seu segundo jogo pelo clube -, o Inter empatou em 2 a 2 com a Ponte Preta. Ariel evitou aquela que seria a sexta derrota consecutiva ao completar de cabeça a cobrança de falta executada por Vitinho ao balançar as redes aos 37 minutos da etapa final.
Desde então, foram cinco partidas disputadas, com cinco gols anotados. Seijas anotou dois. Alex, Fernando Bob e Mena, contra, completam o quadro. O hiato do ataque já completa 491 minutos. No geral, os números também não são animadores. Dos 22 gols marcados pela equipe no Brasileirão, os avantes fizeram 12, pouco mais de 50% do total.
Individualmente, os piores números são de Eduardo Sasha. Goleador do time na temporada com 12 tentos, divide com Vitinho o posto de artilheiro da equipe no Nacional. Cada um soma quatro. Porém, o último do camisa 9 ocorreu na derrota por 3 a 2 para o Botafogo, no dia 26 de junho. Depois, esteve em campo em nove ocasiões, com 737 minutos em campo.
Vitinho vem logo atrás. O seu último gol até foi antes. No dia 19 de junho, fez os dois no revés por 3 a 2 para o Figueirense. Entretanto, atuou em outros oito compromissos, tendo disputado 709 minutos. Ariel, autor do último tento do ataque, passou em branco nas últimas cinco participações, o que dá 225 minutos.
Nico López, principal contratação da temporada, também não conseguiu desencantar. Nada de gol nos quatro jogos disputados, já tendo acumulado 287 minutos com a camisa colorada.
Outro fator que chama atenção é Aylon. O atacante, que tem três gols no Brasileirão e só está atrás de Sasha e Vitinho, não balança há 165 minutos, quando fez na vitória por 3 a 1 sobre o América-MG. Todavia, desde o empate em 1 a 1 com o Coritiba, disputado há mais de dois meses – dia 23 de junho -, sequer entra em campo.
Mike, Bruno Baio e Brenner, assim como Nico, também não fizeram gol. Só que o último tem a situação mais curiosa. Trazido do Juventude após ser o vice-artilheiro do Gauchão com sete gols, jamais foi relacionado para uma partida sequer.
Preocupado com a má fase de seus artilheiros, Celso Roth comandou um trabalho de finalizações na tarde de terça-feira. Zagueiros e volantes lançavam William, Ceará, Artur, Geferson, Raphinha e Seijas, que colocavam na área para um dos companheiros finalizar, fosse com o pé ou com a cabeça. Na segunda parte, uma dupla saía do meio-campo e tabelava para tentar vencer uma dupla defensiva até chutar a gol.