O ambiente do 44º Festival de Cinema de Gramado vai levar turistas e participantes aos Estados Unidos das décadas 20 e 30, época em que a moda e a arquitetura eram regidas pelo movimento Art Déco. “Vamos ter muito glamour, tons dourados, amarelos e marrons, adereços de fachada que remetem àquela época”, antecipa a arquiteta do estúdio Nowhere, responsável pela criação cenográfica desta edição, Daniela Corso.
Linhas geométricas estarão presentes na decoração, que também vai refletir todo o requinte daquele período através de jogos de luzes e sombras e de elementos escultóricos como os leques, que eram bastante utilizados em fachadas internas. “Vai ser uma tradução sutil daquele tempo, é uma estilização, mas não uma caricatura”, assinala Daniela.
Bem no centro da Avenida Borges de Medeiros, o Kikito estará a três metros do solo, disposto acima de um coreto, sob o qual passarão artistas e convidados da edição. Na entrada do Palácio dos Festivais, o “portal juke box” remete de forma lúdica à importância da música.
O desejado troféu do Festival de Cinema de Gramado também serviu de inspiração para a cenografia, que espalhou Kikitos estilizados pela Rua Coberta. O tapete vermelho estará ladeado por telas led onde serão reproduzidas imagens dos homenageados desta edição.
O mais difícil, entretanto, foi pensar o desenho de palco, segundo a arquiteta: “A direção artística do festival queria uma decoração, porém, foi preciso pensar isso em sintonia com a tela do cinema, que ocupa o centro do palco”. A saída foi pensar em elementos que se movem pelo espaço, entrando em cena durante as cerimônias de premiação e homenagens e que desaparecem quando as luzes se apagam e inicia a exibição dos filmes. “Foi um desafio e tanto”, admite Daniela, que conta com uma equipe de aproximadamente 100 pessoas para projetar e executar o trabalho que foi feito em parceria com a Histórias Incríveis, responsável pela direção artística do evento.
