APOIO PARA PACIENTES DIABÉTICOS E HIPERTENSOS

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Cerca de 260 pacientes participam das reuniões do Hiperdia

O cuidado com a saúde é uma das maiores preocupações da população, principalmente quando ligado à doenças crônicas, como o caso da Hipertensão e da Diabetes. Segundo o Ministério da Saúde, somente no Brasil, mais de 14 milhões de pessoas são diabéticas e outras 30 milhões fazem parte do alto índice de hipertensos. Em Gramado, a rede de saúde pública vem cada vez mais buscando maneiras de conscientizar e levar informação a esses grupos.

Reunião do grupo do Hiperdia na ESF Nailor Balzaretti, bairro Pórtico II

No município, aproximadamente 260 pacientes são atendidos pelo programa Hiperdia, mantido pela Prefeitura, por meio da Secretaria da Saúde. Nos encontros mensais, os pacientes hipertensos e diabéticos recebem atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Estratégias de Saúde da Família (ESF) por uma equipe multidisciplinar, visando o acolhimento e a melhora significativa na qualidade de vida. O Hiperdia também inclui consultas de rotina com clínicos gerais.

As reuniões são orientadas pelas equipes de enfermagem e médica das unidades. Além disso, a Prefeitura vem buscando parcerias com especialistas que possam agregar o máximo de conhecimento aos usuários. Por isso, atividades com nutricionistas, educadores físicos, técnicos de enfermagem e podólogos entram no calendário anual dos grupos.

“A saúde da nossa população é uma das nossas prioridades, por isso são grandes os nossos esforços em qualificar o atendimento e o acolhimento aos pacientes e a toda a comunidade nos postos de saúde”, destaca o prefeito  Fedoca.

Além do acolhimento e da melhora na saúde, o Hiperdia é ainda um estímulo ao convívio social, tornando o encontro um momento para a troca de ideias e experiências.

“É de suma importância o trabalho com o grupo de pacientes hipertensos e diabéticos, agora efetuado de forma descentralizada em cada Unidade Básica de Saúde, com acompanhamento do médico, enfermeiro e nutricionista, porque o tratamento vai muito além de fornecer fita da medição de glicose. Se faz necessário uma mudança nos hábitos alimentares, evitando o sedentarismo, excesso de bebida alcoólica, cigarro e tomar muita água. O resultado será muito satisfatório se tivermos o comprometimento de ambas as partes”, explica o secretário da Saúde, João Teixeira.

Pacientes relatam melhora na qualidade de vida

Viver bem consigo mesmo e com a diabetes é um dos maiores orgulhos de Lindomar Arend, 65 anos, que convive com a doença há oito e participa das reuniões há quatro na ESF Nailor Balzaretti, no bairro Pórtico II. Lindomar apostou na prevenção assim que soube que era considerado um pré-diabético e ressalta que desde os primeiros encontros no Hiperdia só contou com melhoras no seu bem-estar. “Gosto muito dos grupos, sempre temos uma novidade para aprender. Isso é importante. Nunca estive tão bem”, finaliza.

Quando o assunto é diabetes, os primeiros sinais da doença podem vir desde cedo, já na infância. Gabriela Santana, 12 anos, frequenta há dois o grupo na ESF Nailor Balzaretti. A menina chega aos encontros carregando dois cadernos: um com a rotina de alimentação e outro com a averiguação das taxas de glicose feitas em casa, diariamente. Todas as anotações são mostradas para a médica que acompanha o caso de Gabriela desde o começo. Inicialmente, os sintomas foram identificados pela família da jovem como anemia, mas os exames diagnosticaram que a menina era diabética. “Tive que mudar toda a minha alimentação. Gosto muito de doces, mas fui cortando refrigerantes, chocolates e doces”, comenta.

Gabriela Santana, 12 anos, durante reunião do grupo Hiperdia com a presença de uma podóloga

Para ingressar no Hiperdia:

Para ingressar no Hiperdia é necessário o diagnóstico médico de hipertensão arterial ou diabetes melitus tipo 1 ou 2, obtido através de laudo médico em um dos postos de saúde. “Como qualquer outro fator clínico, é de extrema importância que o paciente procure a unidade de saúde mais próxima para a análise de um profissional”, salienta a diretora da atenção básica, Fernanda Meireles. Após o diagnóstico, o usuário deve levar os documentos necessários para o cadastramento (cópia do RG, Cartão SUS, comprovante de residência e receita médica) até a unidade de saúde mais próxima.

Mais de 300 pessoas já receberam as fitas HGT

Além do acompanhamento através das reuniões, consultas e atendimentos com a equipe de enfermagem, a Secretaria da Saúde distribui aos pacientes mais de 10 tipos de remédios, pela farmácia municipal. Em 2018, mais de 300 pessoas receberam as fitas HGT, utilizadas para o teste de dosagem do nível de glicemia.

“Todo paciente insulino-dependente tem o direito de receber as fitas. Para isso, é necessário ser atendido por um médico do SUS e receber a prescrição das mesmas. A retirada dessas fitas deve ser feita pelo paciente ou familiar que deve comparecer nas reuniões mensais”, esclarece Fernanda.

Lindomar Arend, 65 anos, participa das reuniões do Hiperdia há quatro

Fonte: Comunicação Prefeitura de Gramado/ Fotos: Renata Garcia

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