A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), afastada do cargo desde maio, foi condenada nesta quarta-feira (31), pelo Senado no processo de impeachment por ter cometido crimes de responsabilidade na condução financeira do governo. O impeachment foi aprovado por 61 votos a favor e 20 contra. Não houve abstenções.
Direitos mantidos
Em outra votação, Dilma conseguiu manter os direitos políticos. Não foram alcançados os 54 votos necessários para que ela perdesse o direito a ocupar cargos públicos: foram 42 votos a favor da perda: 36 contrários e 03 abstenções. Dilma deve ter 30 dias para deixar o Palácio da Alvorada, mas manterá benefícios destinados a ex-presidentes, como o direito a utilizar funcionários públicos.
Comemoração
Após o resultado da votação, dezenas de senadores e deputados presentes ao plenário do Senado comemoram com palmas e cânticos. Um grupo favorável ao impeachment entoou um trecho do Hino Nacional. Entre os que lideraram o coro estava Ronaldo Caiado (DEM-GO). Para os que defendiam Dilma, o resultado foi recebido com resignação e sem grandes manifestações de emoção. A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) segurava um cartaz com a foto de Dilma durante seu julgamento na época da ditadura militar.
Posse de Temer
A decisão abriu caminho para a efetivação de Michel Temer (PMDB) na Presidência da República até 2018. A posse de Temer ocorreu em rápida cerimônia no Senado nesta quarta-feira.
Três presidentes no mesmo dia, 31 de agosto dia histórico
Dilma Rousseff, que sofreu o impeachment
Michel Temer , que tomou posse e logo embarcou para a China
Rodrigo Maia, presidente da Câmara, que assumiu interinamente o lugar de Temer.
A posse de Maia
Michel Temer transmitiu interinamente o cargo ao presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Temer viajou à China onde participará da reunião de cúpula do G-20 e só deve retornar ao país no dia 6 de setembro. A cerimônia aconteceu na Base Aérea de Brasília.
“Nunca sonhei ser presidente nem por um dia, imagine agora serei por 06 dias, disse Maia, após assumir.”