A Descida da Borges, mobilizou mais de 20 mil pessoas até o Largo Glênio Peres para assistir ao show de quatro grandes Escolas de Samba da cidade. O evento, parte da programação oficial da Festa Nacional da Música, levou ao Centro Histórico da Capital gaúcha apaixonadas pelo Carnaval.
E o espetáculo apresentado não decepcionou o público. O evento foi aberto pela Império do Sol, escola de São Leopoldo que agora integra o Grupo Especial Série Prata no desfile da Capital. Ela iluminou a avenida com seu “grito de guerra” e uma bateria bem ensaiada, que mostrou seu samba com energia a harmonia.
A segunda escola a descer a Esquina Democrática até o Paço Municipal foi a Bambas da Orgia. A força e a organização da agremiação mais antiga no cenário do samba na capital marcou o evento. Ala de baianas, musas, porta-estandarte, porta-bandeira e mestre-sala, passistas e uma bateria de arrasar incendiaram a principal avenida do centro da cidade com a “nação azul e branco”. E mostraram ao público com maestria a letra do enredo que vai embalar seu tema de 2017: “Num Piscar de olhos tudo pode acontecer!”,
A festa da Imperadores do Samba também provocou a reação alucinada dos apaixonados pela escola. Com o grito “sou Imperador até Morrer”, o público cantou, do início ao fim da descida seu novíssimo samba-enredo “Sou Resistência e Não Me Kahlo Frida: Sou México em Flores, Cores, Amores, Diva entre Imperadores”. A presença da escola despertou no público a vontade de tomar a pista reservada ao desfile, o que relembrou o antigo “arrastão” da Imperadores nos finais dos desfiles de carnaval realizados na Avenida Perimetral na década de 1980.
Por fim, a grande vencedora do Carnaval de 2016, a Imperatriz Dona Leopoldina, fez a sua descida repleta de brilho e animação. Suas belas passistas da ala “Joias da Coroa” foram uma atração à parte e sua bateria marcou sua batucada campeã com muito ritmo e “paradinhas” para fazer o público delirar ao ritmo do samba.
A Descida da Borges, que ocorre desde 2005, relembra os carnavais que eram realizados no Centro da cidade nos anos 1960, e oferece a visibilidade que esta festa popular e de expressão genuinamente nacional busca para se perpetuar no calendário de eventos da cidade e, acima de tudo, no coração dos porto-alegrenses.